Servidores da saúde e fiscais de trânsito aderem à paralisação de 26 de abril

Os servidores municipais da Saúde e os fiscais de trânsito decidiram aderir à paralisação que irá ocorrer no dia 26 de abril. Esses trabalhadores deliberaram por se juntar aos da administração centralizada e aos professores, que deliberaram nos últimos dias parar as atividades para reivindicar o respeito às garantias legais das categorias.

O presidente do Sindicato dos Fiscais de Trânsito, Hélio Cândido Serafim, destacou que os representantes desse grupo estão insatisfeitos com a atual gestão, pela constante retirada de direitos. “Vamos nos unir a todos e mostrar à essa administração que o servidor pode”, anunciou.

No dia 11 de abril, o Sindsaúde, que representa os servidores da Saúde em Anápolis, decidiu que os servidores também vão participar da paralisação. As condições de trabalho e a valorização profissional são as pautas de reivindicação dos trabalhadores.

O pagamento da gratificação de titulação, espécie de incentivo concedido pela qualificação do servidor e que estava prevista para ser aplicada neste ano; e uma maior transparência da atual gestão municipal são cobranças da Saúde. “No entanto, a gestão tem alegado que o Município já atingiu o limite máximo da Lei Responsabilidade Fiscal (LRF), o que ainda segundo a Administração, inviabilizaria o pagamento”, informa a categoria em nota publicada em seu site.

Centralizada

Servidores que atuam na administração centralizada do município – como os lotados na Secretaria de Obras, aqueles que atuam nos cemitérios e ainda auxiliares de limpeza da Educação, já haviam aderido à paralisação no dia 4 de abril.

Neste ano, a Prefeitura concedeu aos servidores públicos municipais o menor reajuste dos últimos 10 anos, o que motivou a decisão pela paralisação. A excessiva contratação de comissionados também foi alvo das queixas dos trabalhadores. Roberto Naves ainda não deu parecer quanto à titulação, revisão do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos e sobre as condições de trabalho de diversos servidores, como os que atuam nos cemitérios.

Servidores da Secretaria de Obras estão sem receber alimentação, o que fez com que nos últimos dias vários fossem liberados mais cedo do local de trabalho.

Professores

A decisão dos professores de paralisar ocorreu após deliberação em assembleia no dia três de abril. Após deliberarem, estes profissionais criaram uma espécie de efeito cascata que levou outros profissionais a seguirem o caminho da paralisação para reivindicar seus direitos.

Ficou definido que serão movidas ações judiciais individuais de cobrança para que a Prefeitura pague as chamadas dobras e substituições não recebidas no mês trabalhado. “Os professores deverão trazer as suas respectivas documentações para que o processo seja montado pela assessoria jurídica”, explica em nota o Sinpma.

A reposição salarial abaixo do que determina a lei, a falta de cumprimento dos Estatutos e leis voltadas aos direitos destes profissionais da Educação, o constante adiamento da concessão por parte do município das progressões, titularidades e readaptados estiveram entre as pautas debatidas e que levaram a categoria a decidir pela paralisação. Os professores receberam 2,95% de aumento neste ano e cobram da Prefeitura a correção de 3,75%, para que se cumpra o piso nacional.

A cobrança dos professores pela falta de cuidadores nas escolas, a falta de transporte para professores na região do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), a necessidade urgente de realização de concurso público para a categoria foram ainda algumas das reivindicações ao prefeito Roberto Naves e que estão, de acordo com os professores presentes, sem resposta por parte do Poder Público.

Os sindicatos dos professores, fiscais de trânsito, profissionais da Saúde e trabalhadores da administração centralizada representam mais de 8 mil servidores.

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