Servidores públicos municipais promovem paralisação nesta quinta-feira (26)

A partir das 8 horas desta quinta-feira, uma grande mobilização de trabalhadores públicos do município de Anápolis irá ocorrer. Servidores da Administração Centralizada, professores, fiscais de trânsito e profissionais da Saúde reivindicam melhores condições de trabalho e mais possibilidades de crescimento na carreira.

O protesto ocorre após quase um ano e meio de negociações entre os trabalhadores e o Gabinete Municipal – Roberto Naves vem retirando várias conquistas históricas dos servidores, sob a justificativa de corte de gastos e adequação às diretrizes estabelecidas pelo Tribunal de Contas dos Municípios.

O pagamento da gratificação de titulação, espécie de incentivo concedido pela qualificação do servidor e que estava prevista para ser aplicada neste ano; e uma maior transparência da atual gestão municipal são cobranças dos trabalhadores da Saúde. “No entanto, a gestão tem alegado que o Município já atingiu o limite máximo da Lei Responsabilidade Fiscal (LRF), o que ainda segundo a Administração, inviabilizaria o pagamento”, informa a categoria em nota publicada em seu site.

Na Administração Centralizada, a categoria reclama que Roberto Naves não cumpre promessas feitas aos trabalhadores. Neste ano, a Prefeitura concedeu aos servidores públicos municipais o menor reajuste dos últimos 10 anos, o que motivou a decisão pela paralisação. A excessiva contratação de comissionados também foi alvo das queixas dos trabalhadores. O prefeito ainda não deu parecer quanto à titulação, revisão do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos e sobre as condições de trabalho de diversos servidores, como os que atuam nos cemitérios.

Servidores da Secretaria de Obras estão sem receber alimentação, o que fez com que recentemente vários fossem liberados mais cedo do local de trabalho.

Para os professores, a reposição salarial abaixo do que determina a lei, a falta de cumprimento dos Estatutos e leis voltadas aos direitos destes profissionais da Educação, o constante adiamento da concessão por parte do município das progressões, titularidades e readaptados estiveram entre as pautas debatidas e que levaram a categoria a decidir pela paralisação. Os professores receberam 2,95% de aumento neste ano e cobram da Prefeitura a correção de 3,75%, para que se cumpra o piso nacional.

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