Sindicato denuncia Carlos Toledo ao MP por cancelamento indevido de multas

O Sindicato dos Fiscais de Trânsito de Anápolis – SIFTRAN protocolizou no Ministério Público de Anápolis diversas denúncias sobre irregularidades que estariam sendo cometidas na Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT). A Voz de Anápolis teve acesso ao documento e o presidente do sindicato, Hélio Serafim, confirmou a informação.

O documento apresenta que o diretor, Carlos César Toledo, tem “por pratica de ato ilícito no passado, processos ajuizados por improbidade administrativa”. Este fato seria, de acordo com a denúncia, uma afronta ao princípio da moralidade.

Com relação ao ex-diretor da CMTT, Carlos César Toledo, a denúncia, assinada pelo presidente do SIFTRAN, Hélio Cândido Serafim, revela o “enorme currículo de contumaz infrator, e mais, usando do cargo para se beneficiar”.

“Possui atualmente em sua CNH, 46 pontos que nunca vai chegar à ser caçado de seu direito de dirigir (sic), pois estão sendo canceladas algumas, outras com efeito suspensivo. Algumas canceladas/suspensa (sic) com uma imoralidade de fazer inveja; suas próprias”, continua o texto.

Além de ordenar o cancelamento irregular de multas, Toledo teria sido flagrado alcoolizado em uma blitz, conforme apresentado. A multa não teria sido cadastrada no sistema do Detran, conforme citado no texto.

Amigos do “rei”, como é chamado Carlos Cesar Toledo, teriam o benefício do cancelamento das multas também. Outras irregularidades incluiriam que foi contratada, por R$ 500 mil, “uma dona de casa para confeccionar placas de transito”, contratação que já teria inclusive sido cancelada a pedido do Ministério Público.

Somente nos meses de dezembro de 2017; janeiro e fevereiro de 2018 foram canceladas aproximadamente 500 multas por mês, o que desmotivaria os fiscais a executarem seu trabalho. “De quem poderão ser as multas, de apadrinhados?”, questiona a denúncia. As multas teriam sido canceladas na própria CMTT, antes mesmo do registro no DETRAN.

A falta de higiene nas salas dos fiscais de trânsito, já que “não tem quem faça a faxina”, a falta de solução para erros de sinalização verificados pelos agentes e que ficam nas “promessa”, a lentidão com que servidores trabalham e até a precariedade da frota foi alvo da ação do Sindicato dos Fiscais de Trânsito.

“Salientando, desde fevereiro de 2017, segundo a própria diretoria à época tinha caixa de em torno de R$8.000.000,00 e iriam renovar a frota que se encontra sucateada, chegando ao ponto de terem por vezes que empurrar o veículo pelas vias da cidade. Bela ação, os fiscais ali empurrando o veículo por falta de manutenção ou de substituição”, revela ainda o documento assinado pelo presidente Hélio Cândido Serafim.

O processo de licitação para renovação da frota estaria em andamento desde fevereiro de 2017. “São lentos ou não?”, indaga ainda Serafim na denúncia. A reportagem entrou em contato com Carlos César Toledo, mas não obteve retorno das ligações, nem das mensagens enviadas via aplicativo de celular. Leia na íntegra a denúncia.

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