STF suspende pena de José Dirceu e determina sua saída da prisão

Foi concedida pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira cautelar suspendendo a execução da pena do ex-ministro José Dirceu. A decisão foi proferida por 3 votos a 1. A maioria do colegiado acompanhou o voto do relator, ministro Dias Toffoli, e entendeu que há “plausibilidade” no recurso apresentado por Dirceu contra a condenação em segunda instância.

Além de Toffoli, votaram pela soltura do petista os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. O ministro Celso de Mello não participou da sessão. A suspensão da execução penal não é definitiva e tem validade até que seja analisado o mérito do pedido. No julgamento desta terça (26), o ministro Edson Fachin pediu vista do processo.

José Dirceu foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em segunda instância a 30 anos e 9 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, no âmbito da Lava Jato. O ex-ministro está preso desde o dia 18 de maio, quando foi determinado o início do cumprimento da pena.

A defesa do petista então entrou com recurso no STF alegando que a execução penal após segunda instância desrespeita o princípio da presunção da inocência. Os advogados argumentam ainda que a execução imediata da pena afronta decisão proferida pelo STF em habeas corpus, em maio de 2017.

Após o julgamento, o advogado de José Dirceu, Roberto Podval, afirmou que tentará a liberação do ex-ministro ainda nesta terça. Para o defensor, a decisão de hoje (26) é apenas mais uma etapa de um processo que está longe de chegar ao fim. No entanto, disse que o ex-ministro tem um comportamento exemplar e que “não há nenhuma necessidade de ele ficar preso até que isso seja resolvido”.

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