Suposto ataque químico causa matança na zona rebelde síria

Por El País

Dezenas de pessoas morreram em um ataque aéreo com gás tóxico na Síria nesta terça-feira, 4. O Observatório Sírio para os Direitos humanos (OSDH), com uma ampla rede de informantes no local, atualizou a informação e fala em ao menos 80 mortos, entre eles 30 menores. Já a União de Organizações de Médicos Socorristas (UOSSM) garante que ao menos 100 morreram no bombardeio de Khan Sheikhoun – cidade da província de Idlib sob controle de forças rebeldes –, atribuído aviões do Governo de Bashar al Assad e da Rússia.

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu com urgência nesta quarta-feira, 5, a pedido da França e do Reino Unido, para analisar o ocorrido. O Governo dos Estados Unidos, assim como a França, a Turquia e outros países, taxou de “reprovável” o ataque e disse que este “não pode ser ignorado”. O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, destacou em uma coletiva de imprensa que os “atos atrozes” de Assad são consequência de uma debilidade mostrada por Barack Obama.

O ataque aconteceu poucos dias depois de outro semelhante denunciado pelos Médicos Sem Fronteiras na província de Hama, que deixou pelo menos 50 feridos. O agente tóxico a que foram expostos não foi identificado. Enquanto se intensificam os combates, os doadores internacionais para a Síria realizam uma conferência de dois dias em Bruxelas.

Os acusados negam estar por trás do ocorrido. O Ministério de Defesa russo negou mediante um comunicado ter efetuado qualquer ataque aéreo na zona. O Comando Geral do Exército sírio fez o mesmo e disse que nem usou nem usará armamento químico, segundo um comunicado que distribuiu a agência SÃ.

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