Suposto operador de esquemas do PSDB, Paulo Preto faz nova pressão contra aliados e afirma ter lista com 90 nomes

Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, vem criando um roteiro estratégico para se manter fora da cadeia e protegido por aqueles que, segundo a investigação da Polícia Federal, ajudou a enriquecer com milhões de dólares em contas na Suíça.

O ex-diretor da Dersa – estatal responsável pelas grandes obras de infraestrutura do Estado de São Paulo – Paulo Preto foi preso depois de o Ministério Público da Suíça enviar aos colegas brasileiros as contas que o engenheiro mantém em Genebra, todas recheadas – segundo a documentação – com dezenas de milhões de dólares.

A prisão, no entanto, não durou muito. Ao contrário dos demais “operadores” de partidos políticos, Paulo Preto foi solto por determinação do Ministro Gilmar Mendes logo depois que a Folha de S. Paulo publicar na coluna de Mônica Bergamo que o engenheiro estaria pensamento “seriamente” em negociar a delação premiada a fim de, principalmente, indicar de quem seriam os milhões depositados. Segundo ele, o dinheiro não lhe pertence e ele seria apenas um portador de outros.

A relação de Paulo Preto na política remete a dois ex-governadores de São Paulo, José Serra e Geraldo Alckmin. De ambos foi secretário de obras e titular da Dersa. Após as declarações, ele teve a prisão relaxada, mas seu roteiro seguiu à risca para manter a pressão sobre os associados ocultos, uma vez que sua intenção é permanecer longe da cadeia.

Na semana de sua soltura, uma nova informação circulou nos meios de comunicação paulistas: a de que sua família disse não aguentar o desgaste de uma nova prisão. A declaração pode ser uma nova etapa da primeira vacina: a de que, se for preso, assinará a delação premiada.

Agora, 10 dias depois de ser solto, Paulo Preto dá mais uma dica subliminar com objetivo de se manter seguro e longe da prisão, pelo menos no que depender da influência de seus associados a dependentes junto ao Judiciário.

Na mesma coluna da jornalista Mônica Bergamo, é divulgada a seguinte informação: Paulo Preto tem uma lista de quase 90 candidatos, a maioria do PSDB, que ajudou em eleições passadas.

Diz a nota: “O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, tem uma lista de quase 90 candidatos, a maioria do PSDB, que ajudou em eleições passadas. O engenheiro, tido como operador do PSDB, pensou em fazer delação quando ficou preso. Desistiu depois de ganhar a liberdade, no dia 11”.

Agora, além dos detentores dos milhões ao qual Preto é indicado como portador, há uma nova lista, de supostos 90 nomes que devem se empenhar para que Paulo Preto fique satisfeito, calado e, sobretudo, solto.

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