Trump começa a pôr em prática discurso de campanha

O presidente Donald Trump iniciou nesta segunda-feira a materialização de todo o seu discurso de campanha sobre a valorização do trabalho americano em detrimento do subsídio ao trabalho em terras estrangeiras, sobretudo em território mexicano. Trump afirma que precisará rever o acordo de livre-comércio proposto com o Nafta, até conseguir uma “negociação justa”. México e Canadá são dois fortes exportadores de carros para os EUA. Segundo presidente, o modelo aplicado enfraquece o trabalhador americano, sobretudo aqueles que atuam com as montadoras.

Além dos questionamentos do Nafta, o republicano promete desfazer o acordo comercial que herdou de seu antecessor ao assinar uma ordem executiva para se retirar do processo de negociação da Parceria Trans-Pacífico. Com isto, Donaldo Trump começa a por em prática parte do que estabeleceu em discurso durante a campanha. A decisão de suspender este acordo tem como justificativa que a medida é prejudicial aos trabalhadores.

O tratado foi assinado em 2015 por 12 países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã, que representam 40% da economia mundial.

O TPP foi negociado pelo ex-presidente Barack Obama, mas nunca ratificado pelo Congresso, de modo que retirá-lo não terá um efeito imediato e real sobre as políticas econômicas dos EUA, embora sinalize uma nova e muito diferente perspectiva dos EUA sobre o comércio na Era Trump.

Com os americanos possivelmente abandonando o TPP, a China terá o caminho livre para desenvolver seu próprio acordo de livre comércio e influência na Ásia, a Parceria Regional Econômica Ampla (RCEP), em negociação entre 16 países –nenhum deles nas Américas até o momento.

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