Após um ano, caso Edmar/Elson avança na Justiça e se aproxima da conclusão

Uma etapa importante do processo investigatório que busca identificar as causas das mortes dos empresários Edmar Almeida e Elson de Abreu foi cumprida. A Polícia Civil (PC) de Silvânia, designada pela Justiça para colher provas e cumprir demais medidas cautelares do crime, já concluiu seu trabalho.

Laudos do IML, quebras de sigilos telefônicos e bancários, perícias nos locais das mortes e demais medidas cautelares já foram efetuadas e a PC de Silvânia já tem uma linha de investigação a seguir. As informações foram repassadas com exclusividade para A Voz de Anápolis pelo delegado de Silvânia, Leonardo Sanches.

Os detalhes repassados por Sanches fazem parte de um conjunto de informações que incluem ainda dados coletados pela Polícia Civil de Luziânia à época da morte dos empresários e ainda diligências cumpridas pela Polícia Civil de Anápolis.

Judiciário

Uma outra etapa do processo, que já dura um ano, foi cumprida no Judiciário: O desembargador  Sival Guerra Pires, do TJGO, decidiu sobre o conflito de competência que precisava ser julgado para que o caso avançasse no Judiciário. Em decisão no dia 4 de abril, o magistrado decidiu qual foro ficará responsável pelo caso.

Um conflito de competência estava em tramitação no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás – TJGO, inicialmente sob responsabilidade do desembargador Ivo Fávaro. A solução desse imbróglio jurídico determinaria exatamente os locais das mortes dos empresários anapolinos e, consequentemente, que comarca ficaria responsável pelas diligências.

E com a decisão do desembargador Sival Guerra Pires no dia 4 de abril, o foro da Comarca de Luziânia ficou responsável definitivamente pelo caso. Confira abaixo o espelho da decisão que consta no site do TJGO.

Com esta etapa cumprida, serão feitos agora encaminhamentos para que as informações colhidas até o momento pela Polícia Civil do município de Luziânia sejam cruzadas com outros dados já coletados desde a morte de Elson e Edmar. A partir daí, as autoridades terão todos os elementos necessários para apresentar às famílias a solução do caso.

“A partir dessa decisão, as provas coletadas em Silvânia e os demais elementos que fazem parte da investigação serão reunidos”, explicou o delegado Leonardo Sanches, titular da Delegacia de Silvânia. Ele indicou que este encaminhamento será crucial para solucionar o que realmente ocorreu no Lago Corumbá IV. Para definir os locais das mortes, foram usados dados de GPS e Georreferenciamento, assim como dados provenientes de aparelhos celulares de Elson e Edmar.

O caso

Elson de Abreu foi encontrado morto no dia 24 de abril em Águas Lindas, de acordo com a Polícia Civil em Anápolis. Ainda conforme a corporação, Edmar Almeida foi encontrado no dia 4 de maio, na região de Silvânia. É justamente a dúvida sobre a localidade em que eles morreram que levantou a dúvida sobre a competência para investigar o caso.

O advogado criminal Rodison Correa de Bem, que representa a família de Elson de Abreu, explicou, durante protesto das famílias dos empresários realizado no ano passado para cobrar da justiça uma solução do caso, que não existe previsão legal para que um juiz de Anápolis assuma inteiramente o caso. Esta hipótese foi levantada à época pelo fato de Elson e Edmar morarem na cidade: “o Código de Processo Penal não prevê o domicílio das vítimas para definir o Juízo competente”.

“O Código de Processo Penal dispõe, de uma forma simples para entendermos, que o lugar dos fatos determina o Juízo competente”, concluiu.

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