Por iniciativa de uma fala do vereador Antônio Gomide (PT), que pediu uma ação da Câmara Municipal que “vá além de uma nota de repúdio”, diversos vereadores passaram a pressionar a Mesa Diretora da Câmara Municipal a fim de que haja uma ação mais enérgica em defesa da cidade. “O tempo de resolver as coisas no papel já acabou. Não é com comunicados que vamos chamar a atenção de quem pode resolver esta situação”, avaliou Gomide.
O assunto ganhou repercussão entre os vereadores após a comunicação da vereadora Geli Sanches (PT) de que “possivelmente o prazo para a retirada dos presos de Goiânia do presídio inacabado de Anápolis não será cumprido”. A informação foi antecipada pela reportagem especial de A Voz de Anápolis, através de entrevista com o responsável pela comissão de Direitos Humanos da OAB – Anápolis, Regis Menezes.
Lélio Alvarenga considera a atitude de enviar uma menção de repúdio da Câmara sobre a ocupação ilegal dos presos em Anápolis como “tímida”. “Tenho de concordar com o vereador Gomide e ter uma ação mais incisiva. Precisamos chamar a atenção”, defende.
O mesmo pensamento foi externado pelo vereador Lisieux Borges, ex-presidente da Câmara Municipal que se somou ao coro, pedindo que a presidência da Câmara tenha uma ação proativa sobre o tema. Até mesmo o vereador Elias Ferreira, que é do PSDB, partido de Marconi Perillo, propôs uma ação que pressione o Governo de Goiás para que seja agilizada uma ação que garante o retorno dos presos dentro do prazo de 15 dias, como foi determinado pela Justiça de Goiás em primeira instância.
Para o presidente da Câmara Municipal, Amilton Filho, a mesa diretora “não está de olhos fechados para a questão”. “Vamos avaliar a possiblidade de pedir uma reunião com o Governador ou com o Secretário de Segurança Pública para tratar da questão”, disse. Segundo Amilton, foi feita uma menção de repúdio que foi encaminhada para todos os jornais, mas o documento “não obteve repercussão”.