Viaduto das BR’s 153 e 414: O drama de quem depende do único acesso viário para 19 bairros e cerca de 50 mil pessoas

Quanto tempo você leva para se deslocar da sua casa para o seu primeiro compromisso do dia, considerando o tráfego de veículos entre as 7 e 8 horas? Claro que essa resposta depende da distância entre os dois referenciais e de que meio você se deslocará. Ah. E não pode se esquecer: se não houver imprevistos.

Mas para a situação, vamos analisar a rotina de dois anapolinos. Victor Silva mora na região do lado de cá do viaduto das BR’s 153 e 414. Cinara Fernandes mora do outro lado desse mesmo viaduto, próximo ao acesso, na região do Recanto do Sol. Ele demora, de carro, 10 minutos para chegar ao centro da cidade. Já ela, para o mesmo deslocamento, demora 30 minutos. Eles moram há um quilômetro de distância entre si.

O que pesa no aumento do tempo de deslocamento para Cinara é o grande congestionamento formado pelos veículos da região que fica além do viaduto do trevo entre as BR’s 153 e 414.  Só na região do Recanto do Sol são 13 bairros. Outros cinco setores estão localizados na BR sentido Corumbá de Goiás. Agora, o que acontece em horários de pico, quando milhares de veículos têm que acessar a cidade por esse trevo vindos dessa grande região?

Rotina

A reportagem acompanhou a rotina da comerciante Cinara Fernandes. Ela mora na região do Recanto do Sol e conta como que é ter que passar no local em horários de pico. “Nesse horário entre as 7 e 8 horas a gente fica muito tempo parado. Agora, se acontecer algum acidente neste ponto, é aí que o trânsito trava”, relata. A comerciante lembra do dia que já ficou 45 minutos para sair da região e atravessar o trevo. Quando não em horário de pico, ela demora 10 minutos para sair da sua casa em direção à cidade pelo mesmo viaduto.

A comerciante Cinara Fernandes conta que já ficou 45 minutos parada no local

Ela revela que espera pela construção de um novo acesso. “Se você morar aqui é assim: se você tem um compromisso, por exemplo, às 8 horas, você tem que sair de casa no máximo às 6h30. Agora, se fosse tranquilo por aqui, você poderia sair até às 7h15 para chegar confortável ao seu destino. Isso se for no centro de Anápolis”, explica. A comerciante finalizou falando que o viaduto ficou obsoleto com a quantidade de veículos da região.

Pedestres

Quem anda a pé, também tem dificuldade por conta do grande fluxo de veículos que desejam chegar à cidade, vindos dessa região. No momento em que a reportagem estava no local, a aposentada Otília Gonçalves, só para atravessar a BR 414 em direção ao ponto de ônibus, levou 5 minutos.

A aposentada Otília Gonçalves tem dificuldade para atravessar a BR em direção ao ponto de ônibus. “Para mim é pior: são 5 minutos para atravessar, outros 10 esperando o ônibus e mais 20 para ele acessar o outro lado da rodovia

“Então, você viu eu ali tentando atravessar. Agora você soma mais 10 minutos para o ônibus chegar até o ponto e mais 20 minutos para que o ônibus consiga chegar à Avenida Universitária ou Brasil”, cita.

Prefeitura sugere licitação para nova passagem para este ano, Dnit não enxerga previsões

A Prefeitura disse, por nota, que já existe projeto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit, em parceria com o município, para criar uma passagem, que resolverá o problema. Segundo a Prefeitura, a licitação é aguardada para o decorrer deste ano.

O Dnit confirmou, também por nota, que está tratando com a Prefeitura uma solução para o problema da região, mas que ainda não é possível estimar prazos. Enquanto isso, resta para a população muita paciência e conviver com os engarrafamentos.

Região do Parque dos Pirineus enfrentava mesmo problema até entrega de passagem em 2013

Outra região da cidade que fica além da BR 153 sentido centro-bairro enfrentava o mesmo problema de dificuldade de acesso de um lado da rodovia para o outro.O problema foi resolvido no ano de 2013, quando foi entregue a passagem entre o Parque das Primaveras e o Jardim Progresso.

Não fosse essa passagem, a situação de congestionamento que ocorre na região do Recanto do Sol poderia ser bem pior.

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