Vice-prefeito confirma intenção de repasse de gestão da Educação para outras instituições e diz ter até propostas de “cooperativas”

O portal de A Voz de Anápolis já havia antecipado esta informação – com exclusividade – quando relatou as explicações de Geraldo Lino para a presidente do SindiAnápolis, Regina de Faria, acerca de diversos assuntos, entre eles, o processo de repasse do gerenciamento de unidades de ensino infantil para instituições. O que seria uma espécie de terceirização.

Na ocasião, Lino comentou sobre este projeto para a Educação: “Se cada criança da rede municipal custa em torno de R$ 570/mês e alguém oferece um custo de R$ 400 por mês em uma escola particular, para um ensino mais eficiente, você não faria isso”? – perguntou Geraldo Lino ao presentes na reunião.

Em reunião ocorrida na quinta-feira (16) em Brasília com diversos dirigentes relacionados com a Educação, incluindo o Ministro Mendonça Filho, o governador Marconi Perillo, a secretária Raquel Teixeira e o senador Wilder Morais, o vice-prefeito Márcio Cândido confirmou a mesma tese de Geraldo Lino sobre as parcerias com instituições nas quais há um repasse de verba para a gestão das unidades. Cândido chegou comentar sobre um modelo que pode ser aplicado em Anápolis.

“A proposta nossa é um modelo que já existe em Santos, no Distrito Federal, que é a realização de convênios com instituições religiosas e da sociedade organizada aonde eles constroem as unidades, coloca o pessoal, seja por associação ou por cooperativas, e você cumpra estas vagas deles”.

O vice-prefeito apresenta um modelo semelhante ao que é feito pelo Governo de Goiás, mas destaca que não se trata de OS – Organizações Sociais. Este modelo é feito mediante o repasse da gestão das unidades para as OSs. No lugar delas, Cândido sugeriu o repasse para “instituições religiosas e da sociedade organizada”. Ele ainda disse ter propostas não de Organizações Sociais, mas de “cooperativas”.

O vice-prefeito também confirma o valor dito por Geraldo Lino de R$ 400 por aluno, neste processo. E diz que já recebeu até mesmo uma proposta de uma “cooperativa” de ensino de Anápolis. “Eu recebi uma proposta em que eles construíram a unidade, contrataram o pessoal e fizeram uma cooperativa, e disponibilizaram 180 vagas para o município ao custo de R$ 400. Enquanto que para a prefeitura custaria R$ 2000 cada criança ao mês”, explicou o vice-prefeito.

Em resposta ao site A Voz de Anápolis, Geraldo Lino afirmou que “Educação é base para o desenvolvimento, precisamos sim e podemos melhorar a eficiência e produtividade na prestação dos serviços públicos aos anapolinos”. Apesar de ser referido como secretário em diversas oportunidades pelo prefeito Roberto Naves, Lino ainda não foi nomeado. Apesar disto, participa ativamente em uma agenda dentro da prefeitura, participando de discussões internas estratégicas, como a que revelou a reportagem sobre a reunião entre Lino, o diretor de contabilidade, o diretor de receita municipal e os membros do SindiAnápolis. Lino, no entanto, disse que o repórter “mentiu” sobre a reunião.

Acompanhe abaixo as explicações do vice-prefeito, Márcio Cândido, sobre o modelo proposto na Educação de Anápolis:

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