Os olhos dos torcedores do Galo estão voltados para o dia 18 de janeiro, quando o time estreia no Campeonato Goiano, contra o Rio Verde, no Estádio Jonas Duarte, às 20h30. Já na primeira partida, a equipe já poderá sofrer um desfalque: o volante David e o lateral Netinho sofreram lesões musculares e ficarão fora dos treinos pelos próximos dias, até a realização de avaliações que indicarão se eles poderão ou não entrar em campo.
Apesar do impacto negativo que a notícia pode trazer, o Anápolis continua com sua rotina de treinos e entrosamento entre os jogadores da base e veteranos da equipe. O gerente de futebol, Francisco Albuquerque, informou que o time de Rio Verde ainda é desconhecido para o Galo, mas não se mostrou preocupado em entender a formação da equipe rio-verdense para a primeira partida.
Para ele, o importante é focar no Anápolis e nos preparativos para a estreia. “A gente tem que estar preocupado com o nosso trabalho”, destacou. E para se preparar para o primeiro confronto no Goianão, o Galo irá jogar em Anápolis contra o Real FC de Brasília neste sábado, às 10 horas, no estádio Zeca Puglise. O jogo preparatório será um dos últimos testes antes da estreia contra o Rio Verde.
Se o time ficar sem David e Netinho para o jogo contra a equipe rio-verdense, o Anápolis começará o torneio com a primeira dor de cabeça. E este não é o único problema por que passa o time. Desde o baixo desempenho na temporada passada, o Galo perdeu alguns parceiros importantes e as finanças passaram a ser uma pedra no sapato do time.
O gerente de futebol, Francisco Albuquerque, evidenciou esta questão com preocupação e informou que atrasos nos salários dos jogadores já começaram a ocorrer. A “situação muito complicada” ficou evidenciada em suas palavras e, nessas condições, Albuquerque parece nem acreditar mais que um título seja possível.
“Título eu não acredito não. Eu acho que a gente pode brigar, tentar buscar uma semifinal, mas muito complicado. Mas a gente espera fazer uma campanha boa, ficar no meio da tabela, quinto, sexto colocado, buscar novamente a vaga na série D. Nós estamos pensando assim”, evidenciou. Ele aposta na rapidez dos jogadores para alcançar os resultados.
Um dos aspectos negativos da campanha do ano passado foi a saída de vários dirigentes importantes, como o empresário André Hajjar, que atua nos ramos farmoquímico e de construção. Dedé Hajjar negou que sua saída tenha sido motivada pela má campanha do clube, mas este não é o sentimento geral de todos os que participam da rotina do time.
“Acho que (em) 2016 gastaram muito dinheiro. Então agora os caras cansaram de por dinheiro, com a crise econômica do país. Não sei te falar o motivo não (da saída de dirigentes), mas o pessoal deu uma desanimada. Então, o Anápolis está meio na raça, não tem grandes investimentos financeiros para esse campeonato”, pontuou Chico Albuquerque, gerente de futebol do Anápolis.
Relembre
O time do Anápolis no início de 2017 começou a temporada com otimismo. Novas parcerias e a possibilidade de boas campanhas no Campeonato Goiano e Série D do Brasileiro deixaram os torcedores animados. As expectativas foram frustradas quando o Galo quase foi rebaixado no Goianão e não passou da primeira fase no Brasileiro.
Em 2018, o clube voltou com uma perspectiva menos audaciosa, já que os problemas financeiros fizeram com que as contratações ficassem mais limitadas. No time, não existem grandes estrelas e o título parece ser apenas um sonho distante, difícil de conquistar.
O Galo aposta em jogadores que vieram do sub-17 e sub-20 para dar um fôlego novo à equipe e recomeçar o trabalho. Os jovens Vitinho, Katatau, Gabriel e David são cartas na manga que o treinador Karmino Colombini terá à sua disposição. O título é possível? Sim, mas a realidade que bateu às portas do Galo leva a crer que o bom resultado será, pelo menos, permanecer na elite do futebol goiano.
Time
Goleiros – Eder e Roger
Laterais – Danilo, Daniel, Netinho e Paulo Vitor
Zagueiros – Diego Macedo, Robson, Emanoel Junior e Humberto
Volantes- Everton, Neilson, Bulhões, Ricardo e David
Meias – Gabriel, Vitinho e João de Deus
Atacantes – Daysson, Gleysson, Chico, Schwenck, Pedro Henrique e Katatau
