Conheça formas criativas usadas em 2018 para entrar com drogas em presídios goianos, em levantamento feito por portal de notícias

Em 2018, um total de 53 pessoas tentaram entrar em presídios goianos com drogas, utilizando as mais variadas e curiosas formas. O levantamento foi feito pelo site G1. Os produtos ilícitos estavam escondidos nas partes íntimas, garrafas, bolacha, maça, ovos e diversos outros artefatos que deixaram até mesmo os agentes intrigados.

As informações, obtidas junto à Diretoria Geral de Administração Penitenciária – DGAP, levam em conta ocorrências na região metropolitana e em unidades prisionais do interior. Celulares, drogas, chips de linhas telefônicas, carregadores, fermento e bebida alcoólica estão incluídos nos itens apreendidos, de acordo com Leandro Ezequiel, diretor da Região Metropolitana da Administração Penitenciária.

“A questão das partes íntimas é muito frequente, além de fundos falsos de vasilhas. Por isso a gente pede para trazerem alimentos ou utensílios em recipientes transparentes”, pontua. Apesar de existir nas unidades vídeo monitoramento, apenas nas maiores existem detectores de metais, Raio-X e cabines com sistema conhecido como Body Scan, utilizado para mapear o corpo do visitante, sem que haja a revista. Onde não existem estes itens, a revista corporal é obrigatória. Mais de R$ 3 milhões foram gastos em equipamentos e treinamento de pessoal para evitar a entrada de produtos ilícitos nos presídios goianos, informa ainda Leandro Ezequiel.

Casos curiosos

No último dia 3 de abril, uma jovem de 24 anos, que está grávida, foi presa suspeita de tentar entrar na Casa de Prisão Provisória (CPP) com quatro aparelhos celulares e 200g de maconha nas partes íntimas, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. De acordo com a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), material foi identificado por meio de um detector no momento em que ela ia visitar o companheiro.

Comidas ‘Recheadas’ de ilícitos

Bolachas recheadas são comuns no mercado de alimentos, mas não recheados com maconha, cocaína, ou até mesmo com equipamentos eletrônicos, como muitas vezes os agentes prisionais flagram em cadeias goianas. Um adolescente de 16 anos foi apreendido, em Caldas Novas, quando tentava entrar no presídio do município com um pacote de bolachas de água e sal com tabletes de maconha no meio. Segundo a Polícia Civil, o rapaz não tinha nenhum grau de parentesco e não conhecia o preso para quem estava levando a droga, mas admitiu que sabia que a maconha estava lá.

Até o biscoito frito, que é sucesso nas feiras livres de Goiás, não escapa das pessoas mal-intencionadas que querem levar drogas ás unidades prisionais. Em Posse, na região nordeste do estado, um homem foi preso com biscoitos “recheados” com maconha. De acordo com a Polícia Militar, ele retirou o miolo do alimento para esconder a droga.

Maçã com “surpresa”: Uma mulher foi flagrada ao tentar entrar na Unidade Prisional de Aragarças, região noroeste de Goiás, com três carregadores de celular dentro de uma maçã. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, que na época também abrigava a Diretoria de Administração Penitenciária (SSPAP), os objetos seriam entregues ao marido dela, que está detido no local.

‘Ovos de cachaça’

Em 2015, o G1 noticiou um caso que chamou atenção: uma mulher foi flagrada nesta tentando entrar no Presídio de Catalão, no sudeste de Goiás, com cerca de 20 ovos de galinha “recheados” com cachaça. O material seria entregue ao marido dela, que está preso no local. A direção do presídio acredita que a bebida seria para consumo do próprio detento. Segundo os agentes penitenciários, a mulher confessou que fez um furo em cada um dos ovos, retirou a clara e a gema e injetou a aguardente. Em seguida, para evitar que o disfarce fosse descoberto, ela colou a abertura com cola e depois pintou com corretivo para caneta. O material foi apreendido. Apesar de não ter sido presa, a mulher foi punida e ficou seis meses sem poder visitar o marido.

Creme dental de maconha

Há dois anos, uma mulher de 59 anos foi presa ao tentar entrar com 94 porções de maconha escondidas dentro de dois tubos de pasta de dente, na Unidade Prisional de Pires do Rio, região sul de Goiás. Ela confessou aos agentes prisionais, na época, que o entorpecente seria entregue ao filho dela, que cumpre pena por roubo no local.

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