“Debater as mudanças de lei com a sociedade seria o mais transparente”, afirma Gomide sobre alterações no estatuto do servidor

Os reflexos sobre a votação que promoveu alterações no estatuto do servidor público, datado de 1992, ainda geram diversos desdobramentos. Em entrevista na manhã desta segunda-feira (06) à Rádio São Francisco, o vereador Antônio Gomide (PT) criticou a falta de transparência e a pressa para a aprovação das leis que tiram benefícios concedidos há mais de 25 anos aos trabalhadores do município.

“Se é importante para a saúde financeira do município, deveria ter sido apresentado um projeto na sessão ordinária, para ele que corresse nas comissões e fosse medido o impacto financeiro, fosse feito o debate com a sociedade e com os sindicatos”, destaca o vereador. Para ele, a não realização de todo este trâmite representa uma atitude pouco democrática em um direito conquistado há tanto tempo.

“Se retirar a compra de licença-prêmio e férias fosse tão fundamental assim, por que não foi retirado quando fizemos o plano de cargos e salários, em 2009”?, questiona o parlamentar que, quando prefeito, foi autor do projeto que definiu o plano de carreira dos trabalhadores do município.

Segundo Gomide, não se pode precisar nem mesmo qual o número de servidores que requerem a compra de um terço dos benefícios para saber se este é um problema efetivo nas contas da gestão.

“O servidor precisa ficar atento ao que vem por aí porque se antes mesmo do começo do trabalho legislativo já foi feita uma alteração desta importância, temos de acompanhar o que mais pode vir por aí”, resume.

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