Delator do PSDB manda “recado” a tucanos e afirma que estaria pensando em fazer delação premiada

O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, está preso por conta de investigações que apuram desvios de verbas da Dersa – estatal paulista responsável pelas grandes obras do Estado – durante as gestões dos ex-governadores Geraldo Alckmin e José Serra. A edição da Folha de S. Paulo desta quarta-feira (09), através da coluna da jornalista Mônica Bergamo, traz o que pode ser um “recado” de Paulo Preto para os demais envolvidos: ele estaria pensando na possibilidade de realizar a delação premiada.

A delação seria uma medida refletida “a sério” pelo engenheiro após a descoberta de contas na Suíça em seu nome, com depósitos milionários. Quem apurou a informação foi o Ministério Público daquele país, que remeteu os documentos ao Brasil. Paulo de Souza, então, estuda revelar de quem é o dinheiro que está em seu nome e que, pretende dizer, não é dele. Ele seria apenas um “portador” dos milhões de dólares.

O próximo passo da investigação seria o rastreamento da distribuição dos recursos que foram depositados naquele país. Caso isso seja descoberto pelos investigadores, o engenheiro já não teria informações preciosas para fornecer.

O aviso prévio sobre a chance de delação é mais uma estratégia da defesa do engenheiro, ex-titular da Dersa, para pressionar possíveis nomes de políticos ligados a ele e que poderiam, de alguma forma, intervir na sua situação atual.

Notícias Relacionadas