Edson Facchin descarta acusação de corrupção e lavagem de dinheiro contra Gleisi Hoffmann

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (19) em favor da condenação da senadora Gleisi Hoffmann por caixa dois eleitoral (recebimento de dinheiro não declarado), no âmbito da Operação Lava Jato.

Relator de uma ação penal contra o casal, Fachin descartou, em seu voto, a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro imputada pela Procuradoria Geral da República (PGR) a ela e ao marido, o ex-ministro Paulo Bernardo.

O ministro considerou ter havido apenas falsidade ideológica na prestação de contas de campanha e votou pela absolvição de Paulo Bernardo e de um empresário, Ernesto Kugler Rodrigues, que também eram acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

O crime de caixa 2 tem pena de até 5 anos de prisão, menor que a punição por corrupção, que pode chegar a 12 anos; e lavagem, que vai até 10 anos. Gleisi e Paulo Bernardo foram acusados de pedir e receber propina de R$ 1 milhão, supostamente desviado da Petrobras, para abastecer a campanha dela ao Senado em 2010. Em troca, segundo a PGR, teriam atuado para manter como manter Paulo Roberto como diretor de Abastecimento da Petrobras.

Para o ministro, não ficou caracterizada uso da função parlamentar de Gleisi Hoffmann em favor de Paulo Roberto Costa, como sustentava a PGR, que seria a contrapartida pelo recebimento de R$ 1 milhão supostamente desviado da estatal.

Em delação, o ex-diretor disse que providenciou o repasse de dinheiro para a campanha da senadora em 2010 por meio do doleiro Alberto Youssef.

Notícias Relacionadas