Antônio Gomide usou o grande expediente da sessão plenária desta segunda-feira (18) para chamar a atenção dos vereadores para as mudanças que estão em análise na Lei 3470, que regula o saneamento básico em Anápolis. Atualmente, um projeto de lei está em trâmite no legislativo. Gomide defende que haja um grande debate, através de uma audiência pública, de todos os vereadores com a população a fim de “fazer um alerta sobre o que está sendo tratado nestas mudanças”.
“É preciso que todos entendam o que o prefeito está assinando com a Saneago. Há três meses, fizemos um alerta de que a Saneago estava vendendo 25% das suas ações para o mercado financeiro. A informação dizia que a empresa tenha um valor de R$ 4 bilhões e a intenção era levantar R$ 1 bilhão para ser usado em investimentos”, disse.
“Então a Saneago está criando condições para vender um quarto das suas ações. E Anápolis é fundamental para a Saúde Financeira da Saneago. Quem comprar os 25% só tem interesse se tiver interesse de que Anápolis vai estar dentro deste processo. E quem está fazendo esta negociação é o Estado de Goiás. E tem um projeto de lei neste momento aqui na Câmara Municipal que envolve não somente o esgoto sanitário, mas também a água tratada. Nós sabemos o que ainda falta da Saneago para cumprir seu contrato e compromisso com a cidade”, alertou o parlamentar.
Para Gomide, o momento é de criar um alerta entre os vereadores para que este debate seja exaurido e que “todas as dúvidas sejam tiradas”. “Precisamos explicar à população o que está sendo assinado entre a prefeitura e a Saneago. No projeto que está nesta casa em nenhum momento fala-se em prorrogação de concessão, mas nos meandros deste projeto está a intenção de prorrogar a concessão. Nós sabemos o que isto não é justo, a não ser que a empresa cumpra o contrato que tem com a cidade”, avaliou.
O presidente da Câmara concordou com a ideia proposta por Gomide. Para Amilton Filho (SD), é o momento de se fazer este diálogo com a população até chegar uma solução transparente. “O que todos nós queremos, e que a população espera, é a solução definitiva da falta de água”, concluiu.
