As delações dos 77 executivos e ex-executivos da construtora Odebrecht, homologada pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, nesta segunda-feira, 30, já foram encaminhadas à Procuradoria Geral da República. O material, agora, será analisado pelo procurador geral Rodrigo Janot que vai decidir quais pontos específicos serão investigados.
Janot pode se basear no conteúdo dos depoimentos para pedir abertura de novos inquéritos nos casos de pessoas com foro privilegiado, os políticos, ou o arquivamento de trechos dos depoimentos; usar partes das delações para reforçar inquéritos já em andamento ou enviar para outras instâncias; pode ainda solicitar à Justiça novos mandados de busca e apreensão; e pedir prisões preventivas ou temporárias.
A homologação, que dá validade jurídica às delações, aconteceu três dias depois que os juízes auxiliares do gabinete do ex-ministro Teori Zavascki concluíram as audiências com os nomes ligados à Odebrecht com acordo na Operação Lava Jato.
Coube a Cármen decidir sobre o caso, visto que Teori Zavascki, o relator da operação, faleceu em acidende. Com a morte do ministro, a presidente do STF autorizou seus auxiliares concluíssem os trabalhos, o que foi feito na última sexta-feira, 27.
