Jean Carlos (PTB) cobra dinamismo e providência para a Saúde, mas pede ponderação a Sindicato

O vereador Jean Carlos (PTB) questionou a nota de “Luto” assinado pelo Sindicato dos Médicos de Anápolis (Simea). Na última sexta-feira (09) o Simea lançou uma nota de repúdio sobre a falta de equipamentos necessários para o exercício do trabalho. Os médicos informaram que vão trabalhar por um período com uma faixa preta no braço, indicando “luto” pelas condições de trabalho.

“A Saúde no Brasil está em crise, Goiás está em crise. Em Anápolis não é diferente. A cidade ainda recebe quase 400 mil pessoas de fora para tratar aqui. Isto provoca o estrangulamento natural do sistema”, diz. “O sistema é falido”, sentencia o parlamentar.

Líder do PTB na Câmara, o vereador Jean Carlos ainda exime de culpa gestões anteriores. “Não é culpa da gestão anterior, nem de outra, nem nada disso. É algo que vem de muito tempo e enfrenta dificuldades do próprio sistema”, completa.

Carlos destaca que a gestão municipal tem trabalhado e, mesmo assim, é alvo de críticas, o que é – segundo ele – natural. “Nós cobramos dinamismo e providência para a Saúde da Secretária Municipal. Mas é preciso ressaltar que em cinco meses [tempo que tem a nova gestão] a Saúde não foi sucateada”, avalia.

“Não estamos aqui para tampar realidade. Já elogiei, já critiquei. O Samu mesmo, que foi ampliado nas gestões anteriores, presta um excelente trabalho na cidade. Então é preciso reconhecer os avanços. Mas não se faz em quatro meses tudo o que se espera”, avisa. O vereador reconhece a importância da Nota oficial do Simea, mas faz o alerta para as condições gerais do sistema. “Temos de estar atentos e fazer este alerta porque algo assim tem repercussão”, concluiu.

 

Nova postura

O vereador Antônio Gomide (PT) elogiou as ponderações de Jean Carlos e pediu que haja uma nova postura do Estado para Saúde de Anápolis. “Nunca vi tribunal cassar governador porque não investiu os 12% do orçamento na Saúde. Mas já vi prefeito ser cassado por não aplicar os 15% previstos em lei. Isto mostra a nossa diferença nos tratamentos. O mesmo acontece com o Governo Federal. E quem mais investe em Saúde são as cidades”, disse.

Gomide ainda sugeriu a abertura de um diálogo da secretária de Saúde, Luzia Cordeiro, com os médicos. “É preciso dialogar com os servidores da Saúde e encontrar uma forma de resolver a questão e não somente tentar encontrar quem tem culpa ou de onde vem o dinheiro”, disse.

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