A decisão do promotor Krebs veio depois que o superintendente executivo de Administração Penitenciária do Estado de Goiás, coronel Victor Dragalzew Júnior, foi ouvido, na tarde desta terça-feira (11). A tornozeleira havia sido cedida pelo estado goiano ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para ser utilizada em Loures.
Este fornecimento do equipamento forneceu privilégio da prisão domiciliar a Loures, conforme entendimento do MP. Mais de 100 pessoas aguardam a tornozeleira para terem o mesmo benefício e o ex-deputado passou na frente dos demais. Um Inquérito Civil Público (nº 201700281483) foi instaurado com o objetivo de apurar a suposta irregularidade.
Apesar dos esclarecimentos que foram feitos por Dragalzew, o promotor Fernando Krebs entende que não há motivos para o empréstimo da tornozeleira, pois esta decisão feriria os princípios da impessoalidade e da moralidade.
“A ilegalidade está na concessão do privilégio, em burlar a fila”, pontuou. Krebs emitiu recomendação para que o Estado peça a devolução do equipamento, mas ainda não houve resposta quanto a esta orientação do promotor.