PMDB e PP eram beneficiados com propinas de esquema da Carne, diz Polícia Federal

Com informações do site da Folha de São Paulo

O delegado da Polícia Federal responsável pela Operação “Carne Fraca”, Maurício Moscardi Grillo, do Paraná, as propinas pagas a fiscais do Ministério da Agricultura para fazer “vista grossa” na fiscalização em frigoríficos abasteceram o PMDB e o PP.

“Uma parte dos valores era revertida para esses partidos”, disse o delegado Maurício Moscardi Grillo. Ainda na entrevista, foi divulgado que não se sabe os motivos que levaram os fiscais a repartir parte dos valores que recebiam –se por indicações políticas ou outras razões. Também não foram identificados quem eram os políticos beneficiados.

Um dos citados na investigação foi o atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), que na época era deputado federal. Ele aparece em grampo interceptado pela operação conversando com o suposto líder do esquema criminoso, chamando-o de “grande chefe”.

A entrevista também citou o chefe da inspeção do Ministério da Agricultura em Goiás, Dinis Lourenço da Silva, pois nas converas foi constatado que ele é um dos que pede dinheiro para campanhas políticas de seus “padrinhos”, segundo conversas de executivos da BRF. Um dos pedidos é de R$ 300 mil – no qual o frigorífico se recusou a pagar.

Segundo os executivos, Silva é mantido no cargo pela bancada do PDT, mas não há menção a nomes. O fiscal é o principal responsável pela liberação da planta da BRF em Mineiros (GO), cujas carnes foram barradas com sinais de salmonella na Itália.

 

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