Polícia quebra sigilo de vereadores no Rio após identificar celular de motorista de atentado

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil já ouviu oito vereadores do Rio de Janeiro sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido no dia 14 de março. Todos na condição de testemunhas. No entanto, agora, a polícia quebrou o sigilo telefônico de alguns deles para identificar as ligações realizadas ao longo daquele dia em que a parlamentar e seu motorista sofreram o atentado.

A iniciativa ocorre após a identificação do número do telefone celular do motorista do carro usado no crime. O objetivo é saber se houve contato entre os autores do crime com algum vereador.

A principal linha de investigação da polícia é que o crime tenha sido cometido por milicianos, organização paramilitar que comanda esquemas criminosos em diversas regiões do Rio de Janeiro.

Na última quinta-feira, Jair Barbosa Tavares, o Zico Bacana (PHS), prestou depoimento. Ele foi questionado pelos investigadores porque recebeu a visita em seu gabinete de três homens horas antes do crime. Entre os três homens identificados está um ex-PM indiciado na CPI das Milícias na qual Marielle trabalhou.

O vereador carioca faltou seis sessões realizadas após a morte de Marielle Franco. Ele apresentou a certidão de nascimento de um filho como justificativa para as ausências. A sede do Poder Legislativo do Rio de Janeiro foi visitada por diversos integrantes de milícias que respondem a investigações na cidade nos dias que antecederam o atentado a Marielle e a Anderson Gomes, seu motorista.

 

(as informações são do site The Intercept Brasil)

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