Por pressão de governo, partidos aliados começam a trocar deputados na CCJ

A base aliada do governo Michel Temer está cedendo às pressões do Planalto para que identifique e promova a substituição dos parlamentares que estão na Comissão de Constituição e Justiça e que possam votar a favor do relatório de Sérgio Zveiter. Ontem, o peemedebista carioca decidiu pelo deferimento da denúncia contra Michel Temer.

O objetivo das legendas alinhadas com Temer é garantir que o relatório favorável ao prosseguimento da denúncia por corrupção passiva contra o presidente não seja aprovado.

No total, foram realizados 17 remanejamentos no colegiado desde 26 de junho, quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou acusação formal por corrupção contra o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF). As movimentações envolveram 13 vagas, das quais 9 de titulares e 4 de suplentes.

Deputados de partidos da base que foram retirados da CCJ afirmam que houve compra de votos. “Soube através da imprensa que fui tirado. Me venderam. Fui vendido. Nojento isso. É barganha, é barganha. Sabe o que é barganha para se manter no governo?”, afirmou o deputado Delegado Waldir (PR-GO).

O deputado Major Olímpio (SD-SP) questionou a validade das mudanças e foi vaiado por integrantes da base aliada. “Quem está vaiando está recebendo carguinho para vaiar”, bradou.

A base aliada diz que as substituições estão sendo feitas a pedido dos próprios membros que não estão se sentindo confortáveis em votar contra a denúncia.

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