PP negocia com todos os pré-candidatos e vira “carta-coringa” das alianças em Goiás

O Partido Progressista em Goiás continua funcionando como uma espécie de carta-coringa, aquela com capacidade de se encaixar em qualquer combinação no carteado político do Estado. Isto porque a legenda é a única que vem mantendo uma agenda de negociações e diálogos próximos com as três principais pré-candidaturas. Dirigentes insistem em dizer que só no limiar do prazo é que o PP deverá se decidir.

Comandado por Alexandre Baldy, Ministro das Cidades que vive um estratégico isolamento na capital federal e na agenda federal, o ministro definiu um preposto que faça todas as conversações em seu nome e em nome do partido. Recém-chegado, o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso, vem tocando os diálogos e conquistando mais arestas com aliados dos grupos em questão do que apaziguando as diferenças.

Tanto Baldy quanto Cardoso mantém o mesmo discurso: somente em julho será revelada a decisão. Atualmente o PP goiano vive a dinâmica da pressão semelhante a outras legendas que integram o Governo Temer e não tem pré-candidato em âmbito federal. Michel Temer pressiona o partido a apoiar os candidatos do MDB nos estados, que é o caso do PP de Goiás, que negocia proximamente com Daniel Vilela (MDB). No entanto, o PP historicamente tem sido aliado do PSDB de Marconi Perillo. Seus prefeitos e deputados são marconistas que tem dado pistas de que não pretendem trocar de lado agora.

Paralelo a este dilema, Vanderlan mantém conversar ainda com o DEM e, mais especialmente, com Ronaldo Caiado, pré-candidato da legenda ao Governo. No fim de semana Cardoso (que já foi aliado do senador) e Caiado devem ter uma nova rodada de conversas. Enquanto isto, José Elion tem visitado dirigentes do PP em Brasília a fim de forçar uma decisão “de cima para baixo”.

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