Prefeitura comemora fim da “Farmácia Popular”, alegando que terá mais dinheiro em Caixa

O anúncio feito no último dia 31 de março sobre o fim do programa Farmácia Popular caiu como um balde de água fria em todo o Brasil. Pacientes crônicos, dependentes de medicamentos de uso perene ganharam mais uma preocupação além da própria doença: encontrar uma nova rotina para conseguir dar continuidade ao tratamento.

Em Anápolis, no entanto, a notícia foi comemorada como uma “boa nova”. Através de seu portal oficial, a gestão de Roberto Naves tratou o fim de um dos programas sociais na área de Saúde mais abrangentes como uma vantagem. A alegação é que, com o fim da Farmácia Popular, “Anápolis terá mais recursos com o fim do programa”.

A explicação é meramente financista. A gestão que já comemorou aumento de arrecadação à ordem de R$ 46 milhões em um único quadrimestre, mas acabou com programas como o Esporte Para Todos e reduziu ações sociais como o PETI, agora diz que a vantagem é que a cidade receberá mais dinheiro, passando de R$ 5,10 para R$ 5,58 por habitante, de acordo com a estimativa do Ministério da Saúde.

“O primeiro aspecto é ter a verba na conta da Saúde. Antes o Ministério da Saúde passava à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que comprava ou fabricava o medicamento e nos encaminhava. Agora nós mesmos vamos comprar”, afirma o diretor de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde, Eduardo Franco.

O texto que celebra o fim do programa classifica mais “vantagens”. “Outra vantagem que o fim do programa Farmácia Popular traz é a aplicação total desse recurso do Ministério da Saúde na aquisição dos medicamentos”, diz a publicação do gabinete do prefeito.

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