Quer dançar comigo?

Escolas de Dança de Anápolis atraem cada vez mais praticantes desta que é uma das artes mais antigas da humanidade: em diferentes estilos, elas servem para malhar, divertir ou desestressar seus praticantes, que seguem crescendo

Paulo Roberto Belém

O ato de dançar vem desde a antiguidade e, ao longo de toda a História, fez parte de todas as sociedades de acordo com a sua época. Na atualidade, a dança pode até ter evoluído bastante, como por exemplo, com a agregação de novas modalidades. Mas estas não fogem do intuito inicial lá das primeiras comunidades que é simplesmente o ato mexer o corpo com um certo ritmo. O que pode definir a dança, em pleno 2017, se divide nas razões do porquê que as pessoas dançam. E, nesta ideia, duas são as principais: ou elas dançam por diversão ou por profissão, mas a inversão destes valores também é válida.

Anapolinos não fogem à regra dos demais brasileiros e também têm o hábito de dançar. E dança não tem idade. Atinge as duas pontas, de bebês aos idosos. Mas neste universo, têm aqueles que têm uma certa pré-disposição para a arte da dança, ou seja, dançam por natureza, e aqueles que nem tanto. É aí que entram os profissionais da dança de Anápolis que estão, principalmente, nas escolas de dança da cidade. Divididas por estilos, elas atraem diferentes públicos se especializando em um tipo determinado.

Clássica

A bailarina e professora Elza Cavalcante encena a postura comum do ballet

É na escola de dança da bailarina Elza Cavalcante que encontramos a dança clássica. Ela diz que a modalidade vem da época dos palácios. “Se você observar, muitos passos são inspirados nas poses dos reis e rainhas”, iniciou. Dentro da dança clássica, Cavalcante define que os anapolinos não se interessam somente pelo ballet. “Além do ballet que é a que atrai um maior número de adeptos, aqui se vê muito interesse pela dança contemporânea, jazz e sapateado”, explicou.

Gabrielle e Ana Beatriz, 13 anos: bailarinas buscam as perfeição do movimento com treinos intensos

Cavalcante diz que o perfil das pessoas que procuram a dança clássica é aquele que está em busca de sutileza e perfeccionismo. E nessa linha, foi o ballet que atraiu as jovens anapolinas Gabrielle Venâncio e Ana Beatriz Vieira, ambas de 13 anos. Elas estão na dança desde pequenas e revelam que foram influenciadas por familiares, Gabrielle pela mãe e Ana Beatriz pela avó. Gabrielle diz que a dança exige muito treino, por isso praticam quase todos os dias da semana. “O que mais interessou foram os movimentos da dança”, afirmou Gabrielle. Do futuro de ambas, que são amigas, Ana Beatriz é direta. “Pretendemos nos profissionalizar e seguir dançando a vida inteira”, disse.

Salão

Hézio Franco é dançarino e professor e diz que estilo é ideal para quem quer aprender a dançar

Outro estilo de dança em Anápolis é encontrado na escola de dança do dançarino Hézio Franco. Desde o ano de 2000 na dança de salão, ele explica que são vários os tipos de danças que estão inseridas no estilo, mas destaca o zouk como a sensação do momento. O dançarino diz que a maioria das pessoas que buscam a sua escola são aquelas que querem aprender a dançar. “A dança ‘a dois’ está muito em alta e nos homens tem uma peculiaridade: a sobrevivência”, observou o dançarino, garantindo que uma pessoa aprende a dançar em no máximo seis meses.

Pedro Victor Silva, estudante, buscou a dança por distração: alternativa à academia

Na escola do professor Hézio frequenta o estudante Pedro Victor Silva. Ele confessa que buscou a dança por distração. “Queria sair da rotina e procurei a dança porque não gosto de academia”, revela. O estudante cita o que a dança ajuda na sua vida pessoal. “Em tudo. No meu bem estar, na distração e a dança me relaxa muito, tira o estresse do dia a dia”, conta. Além de tudo isso, ele chama a atenção para o charme da dança. “O homem que dança, chama mais a atenção, com certeza”, pontua.

Zumba

Professor Valdir Henrique Rocha diz que a zumba é caracterizada pela mistura de ritmos latinos

O professor do estilo, Valdir Henrique Rocha, considera que a zumba já não é uma modalidade tão nova porque tem atraído muitos praticantes em Anápolis. Ele explica que o estilo é uma mistura de ritmos latinos, entre eles a salsa e o merengue. O que atrai os praticantes, segundo o professor, é o trabalho aeróbico que a dança promove. “Entretanto, as pessoas que ficam na zumba é por causa da alegria e motivação que ela traz consigo”, afirmou, complementando que o estilo ganhou Anápolis.

Foi a Zumba que tirou Núbia Rodrigues de casa: “Para mim, ela é tudo: movimento, saúde. Já perdi oito quilos”

Foi na zumba que a dona de casa Núbia Rodrigues encontrou motivo que a tirasse de casa. “Para mim, ela é tudo. Movimenta o corpo e contribui muito com a minha saúde, para o meu bem estar”, disse ela que já perdeu oito quilos praticando zumba há quatro meses. Ela, que considera o ritmo divertido, recomenda a prática da dança. “Além de todas as qualidades, a zumba é capaz de promover a relação entre as pessoas. É por isso que eu não penso em deixar de praticar”, finalizou.

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