Representante do Conselho Regional de Farmácia explica situação de medicamentos vencidos

Flaubert Santana é farmacêutico e integrante do Conselho Municipal de Saúde, responsável pela fiscalização dos processos em Saúde realizados no município. Lotado no Cais do Jardim Progresso, Santana, que também é representante do Conselho Regional de Farmácia, explica que alguns tipos de medicamentos fogem do controle de programação do município. “Isto porque os lotes chegam nas unidades vindos do Ministério da Saúde em quantidade exagerada e perto do vencimento”, destaca. O Ministério da Saúde envia para as cidades medicamentos que tem em grande quantidade em seu estoque, de acordo com uma planilha que eles acreditam ser a que melhor retrata o perfil daquele município. “Acontece que muitos deles são medicamentos sem demanda pedida pelo município”, completa o farmacêutico.

Ele cita exemplos como medicamentos para Talidomida, remédios para gripe, anticoncepcionais, preservativos e até mesmo alguns tipos de insulina que são enviados sem que haja um pedido específico. E, com isto, além da proximidade com o vencimento, os remédios viram um problema de estoque. “Outros medicamentos são fruto de doações que são repassadas e, muitas vezes, não tem saída”, emenda.

Santana ainda destaca que, além deste problema, outro pode ser acumulado: a necessidade de incineração. Com o vencimento e a inutilização destes lotes, a cidade nem pode usá-los e fica com o ônus de ter de se desfazer. A forma ideal prevista é por intermédio da incineração. “É um processo caro que pode custar em média R$ 5 por quilo de medicamento, então a cidade fica sem o remédio adequado e ainda gasta com o descarte dos lotes”, finaliza Flaubert Santana.

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