Saneago condiciona abastecimento adequado de água à “conscientização” da população

Com o projeto de construção de uma nova estação de tratamento de água em Anápolis, a expectativa da população é que não haja falta do produto em Anápolis, principalmente com a chegada do período de estiagem. Ocorre que, mesmo com a previsão de obras em andamento para a ETA, o abastecimento pleno está sujeito ao comportamento da população, de acordo com a Saneago.

Estão previstas em Anápolis a duplicação da Estação de Tratamento de Água, a construção de uma nova estação elevatória na captação Piancó I, a ampliação da captação no Piancó II e a construção da captação definitiva do Rio Capivari. Neste momento, o projeto ainda não foi licitado.

Estão autorizados recursos através do Ministério da Cidades da ordem de R$ 120 milhões, que dependem da assinatura do contrato de programa por parte da Prefeitura de Anápolis para o início do processo licitatório. “O contrato de programa é a garantia para que a Caixa (Economica Federal) libere esse recurso”, explicou a gerente da Saneago em Anápolis, Tânia Valeriano.

A assinatura do contrato de programa está na fase de ajustes finais. Foi enviado para a Câmara Municipal um projeto de lei que permita a gestão compartilhada da água no município, mas este ainda não foi aprovado. Na prática, o processo que culminará na injeção de mais de R$ 100 milhões para a rede de abastecimento de água ainda não saiu da fase burocrática.

A Saneago entende que o trâmite legal segue o curso natural, mas pede à população que haja o uso racional da água. A gerente em Anápolis, Tânia Valeriano, explica que a transposição do Rio Capivari, que ampliou a capacidade de vazão da água, “está a disposição, caso haja necessidade”. Medidas como perfuração de poços, ações operacionais na rede de distribuição, racionalização do abastecimento e redução do índice de perdas deverão contribuir para que não haja escassez do produto nas torneiras.

Mesmo assim, a conscientização é o passo necessário para garantir que isso aconteça. É preciso levar em consideração, continuou, que de junho do ano passado a junho deste ano houve o menor volume de chuvas dos últimos dez anos. “Isso é preocupante. Então, por mais que nós tenhamos obras em andamento ou obras já em funcionamento para garantir esse abastecimento, a sociedade realmente precisa estar consciente”, detalha Valeriano.

Ela voltou a defender que não faltou água em Anápolis neste e no ano passado, mas que houve sim falta de energia que impossibilitou o fornecimento. Em uma das ocorrências, foram mais de 10 horas até que a ENEL, companhia energética que atua no Estado, restabelecesse o serviço.

Saneago

Para o presidente da Saneago, Jalles Fontoura, “a nossa expectativa é isso, que não falte água nesse ano”. Ele afirmou que existem projetos a curto, médio e longo prazo que permitirão que não haja falta de água. Está sendo feito um acerto com produtores do Piancó para evitar desperdícios na irrigação, principalmente e a população está sendo conscientizada para o uso correr do produto no banho e demais atividades domésticas.

Ele confirmou que a liberação de recursos depende do contrato de programa por parte da Prefeitura.

Notícias Relacionadas