Arrecadação da Prefeitura sobe 14,5%, mas gasto com pessoal ainda está acima do limite, apontam números

As contas da Prefeitura referentes ao primeiro quadrimestre de 2018 foram apresentadas em sessão especial na Câmara nesta terça-feira (29). Dos balancetes fiscais, informações que se destacam: aumento da arrecadação no comparativo com o mesmo período do ano passado em 14,5% e o alcance do quantitativo de gasto com pessoal em 52,61%.

Se por um lado o aumento da arrecadação foi comemorado pelo secretário da Fazenda, Geraldo Lino, os 52,61%, já previstos, ainda faz o prefeito Roberto Naves (PTB) defender a impossibilidade de fazer chamamentos de concursados ou a conceder reajustes, a exemplo do que os professores da rede pedem e que foi motivo de paralisação recente.

Vários vereadores citaram a redução desse gasto relevante. Para João da Luz (PHS), os professores são os mais interessados. “Eles estão acompanhando de perto o limite prudencial. Espero que baixe para que o prefeito possa honrar o compromisso com os professores”, disse.

No último dia 11, professores interromperam uma greve geral com a promessa de que assim que o limite prudencial baixar para 51,36%, a Prefeitura reavaliaria aplicar a recomposição do piso salarial da categoria. Na audiência, pouco se falou desse compromisso.

Aplicações

Nos investimentos em áreas que têm limite mínimo de aplicação, os números apresentam 18,03% para a saúde e 29,29% para a educação. No comparativo com o mesmo período do ano passado, o investimento em saúde caiu 2,02% e em educação caiu 0,58%. Mesmo com as quedas, Naves garantiu que não houve prejuízo para essas áreas.

Nos gastos com essas áreas específicas, o vereador Antônio Gomide (PT) argumentou sobre a morosidade do término de obras de Cmei’s e de postos de saúde em andamento. “A gente verifica que mesmo estando licitadas, algumas obras estão paralisadas. É preciso dar maior celeridade a esses empreendimentos”, citou.

De acordo com Gomide, no último quadrimestre, a Prefeitura gastou menos de 1% do que aplicou em saúde para o término de obras de postos de saúde. Naves minimizou a questão atribuindo a morosidade a um processo de adaptação das empresas.

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