Com apenas um médico no plantão, IML de Anápolis pode atrasar investigações sobre mortes de Edmar Almeida e Elson de Abreu

Para a família, amigos e a comunidade anapolina, que esperam uma investigação rápida sobre a morte de Elson de Abreu e Edmar Almeida, o caso pode demorar mais do que o desejado para ser solucionado. Isto porque, pela estrutura do Instituto Médico Legal de Anápolis, que conta apenas com um médico nos plantões, pode ser que não haja tempo de o laudo cadavérico de Edmar ser liberado até sexta-feira, conforme antecipado pelo Portal A Voz de Anápolis, em entrevista ao médico legista responsável pelos trabalhos, Rodrigo Barreto.

Uma fonte interna do instituto médico detalhou que o trabalho está sendo realizado para que o laudo saia até sexta-feira, “mas vai depender de como vai ser a movimentação no dia”. Quando questionado se existe a possibilidade de este caso ser colocado como urgente, a fonte respondeu: “Ele está. Mas o Estado só tem um legista no plantão. Se houver perícias novas, elas são prioridades. Não que os laudos destas novas perícias possam ser liberadas antes do caso em questão. Só me resta torcer para plantão tranquilo para terminar este e outro depois dele”.

A notícia surge justamente após entrevista coletiva convocada pelo delegado da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil em Anápolis, Fábio Vilela, e pelo delegado-geral de Silvânia, Leonardo Sanches, para detalhar o andamento das investigações. De acordo com o que foi indicado por Fábio Vilela, Leonardo Sanches deverá assumir as investigações sobre a misteriosa morte de Edmar e Elson. Esta definição deverá ser dada pela Superintendência de Polícia Judiciária.

Os dois delegados informaram durante a coletiva de imprensa, nesta quarta-feira, que as informações apresentadas pelo médico legista Rodrigo Barreto na terça-feira sobre uma avaliação preliminar do corpo de Edmar Almeida, ainda não estão incluídas no inquérito, já que não foi feito ainda o laudo sobre a morte de Edmar Almeida. Já no caso de Elson de Abreu, a situação segue praticamente a mesma. A diferença é que no caso de Elson existe uma certidão de óbito que aponta “traumatismo crânio-encefálico” como causa de sua morte. A falta dos laudos faz com que a principal linha de investigação não seja ainda definida.

O laudo de Elson de Abreu ainda não foi enviado pelo IML de Formosa, para onde foi enviado o corpo assim que foi encontrado, no dia 24 de abril, em Águas Lindas. Edmar Almeida foi encontrado 10 dias depois, na “Comarca de Silvânia”. Estas informações sobre a localização dos corpos foi repassada pelos delegados na coletiva, podendo sofrer alterações de acordo com os dados periciais das mortes.

Os delegados ainda afirmaram que o caso entra no rol das “mortes violentas”. Portanto, é “normal” que grupos de investigação de homicídios estejam envolvidos, pelas características dos cadáveres, das cenas do crime, das informações de perícia e demais dados coletados, como depoimentos e documentos – digitais e físicos – encontrados. Conforme destacaram, “os trabalhos estão sendo feitos”. Ao todo, cinco delegados já estiveram envolvidos no caso – Dois em Anápolis, dois em Luziânia e um em Silvânia.

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