Sequestro: aulas na ‘Pedro Ludovico’ são suspensas por dois dias e MP é acionado

A Secretaria Municipal de Educação decidiu suspender por pelo menos dois dias as aulas na Escola Municipal Pedro Ludovico Teixeira. A decisão veio depois do sequestro da diretora da unidade nesta terça-feira (24).

O secretário Alex Martins informou que desde ontem a Pasta está envolvida no ocorrido para oferecer o suporte e “tranquilizar” a comunidade escolar. Martins detalhou ainda que as aulas na unidade retornarão na sexta-feira (27).

O Ministério Público foi “comunicado” do ocorrido, conforme mencionou Alex Martins. E um processo administrativo foi lavrado na Secretaria Municipal de Educação.

Conforme ainda detalhou o chefe da Pasta, “até que se apure responsabilidade”, as duas professoras supostamente envolvidas no sequestro foram afastadas das atividades escolares. Esta medida e a suspensão das atividades na unidade por dois dias tem o objetivo de resguardar o ambiente escolar e evitar novos casos de violência.

Uma comissão foi criada na Secretaria da Educação para acompanhar o caso. Para o secretário Alex Martins, a situação foge da normalidade e o ambiente é de “tranquilidade” na Rede Municipal de Ensino. Para ele, “é um caso muito ímpar” e, em sua avaliação, “a Secretaria não julgou ninguem”. Alex Martins detalha ainda que caberá às autoridades apurar o ocorrido.

Vítima

A diretora da Escola Municipal Pedro Ludovico Teixeira, que foi sequestrada nesta segunda-feira (23), foi ouvida na tarde desta terça-feira (24) pelo delegado Hélio Rodrigues de Sousa, titular do 4º DP. Ela acusa duas professoras da unidade, mãe e filha, de terem executado o seu sequestro.

Há um tempo, a diretora “vem recebendo diversas reclamações acerca da conduta” da filha da professora supostamente envolvida no sequestro, conforme é detalhado no boletim de ocorrência.

“Isso originou de uma reclamação na subsecretaria de pais e alunos contra a filha, que no caso é estagiária e está trabalhando na escola. E a mãe, de certa forma, não gostou até de uma posterior transferência por causa de problemas entre ela e os alunos. E tomou essa atitude brusca de colocá-la no carro e não permitir sua saída”, pontuou o delegado Hélio Rodrigues, do 4º DP.

“Segundo a vítima, até revolver ela mostrou e falando que ia destruir ela e a família”, continuou. Ainda não foi realizada a oitiva das duas professoras que supostamente seriam responsáveis pelo sequestro, mas o delegado já possui algumas linha que poderão orientar a investigação criminal. “Segundo as autoras, elas atribuíram isso (o sequestro) a uma perseguição, sendo que, segundo a própria vítima, isso aí (as queixas contra a professora) foi oriundo de reclamação dos pais, do trabalho que a estagiária ia desenvolvendo na escola”, explicou.

Os nomes do envolvidos foram omitidos para sua proteção.

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